A Bebida Sacramental Ayahuasca, é fruto da decocção do cipó Banisteriopsis Caapi e a folha Psycotria Viridis. É também conhecida por Yagé, Caapi, Nixi Honi Xuma, Oasca, Vegetal, Santo Daime, etc. Seu nome mais conhecido, AYAHUASCA é de origem quechua, que significa “Liana (Cipó) dos Espíritos “. É chamada também de ” O Vinho da Alma ” ou “Pequena Morte”. Era utilizada pelos povos pré colombianos, incas, e muito utilizada pelos índios da Amazônia.
O xamã peruano *Dom Mateo* fala da sua iniciação como curandeiro e da sua missão com grupos que estão no estudo da Ayahuasca. Este depoimento foi gravado em fevereiro de 1997, na casa de *Léo Artése*, cidade de São Paulo, durante a primeira viagem do xamã ao Brasil. “Meu nome é *Mateo Arévalo Maipsa*, tenho 43 anos e sou membro de uma comunidade nativa, de indígenas peruanos, Shipibo-Conibo. Em minha vida ancestral, fui conhecedor
Por: Edward MacRae Entre os povos indígenas da Amazônia Ocidental, encontra–se uma figura com funções, técnicas e atributos bastante uniformes : o Xamã. Este personagem, como seus equivalentes em outras partes do mundo, encarrega-se de estabelecer contato com o mundo sobrenatural, buscando influir na cura de doenças, servir de oráculo, proporcionar bons resultados em caçadas, evitar catástrofes naturais e organizar cerimônias religiosas. Considera-se que seus poderes são adquiridos por vocação pessoal, pela vontade de
MATÉRIA DA REVISTA PLANETA /JULHO 2.003 PSYCHOACTIVITY III A Ayahuasca em Debate Em novembro de 2002, cientistas e pessoas provenientes de vários continentes se encontraram em Amsterdã (Holanda) para participar de uma conferência sobre a ayahuasca, ou chá misterioso, utilizado em rituais religiosos do Santo Daime e da União do Vegetal. Neste artigo, mostramos os principais pontos levantados durante o encontro. Por Govert Derix A ayahuasca (yagé, daime, vegetal, natem) é um chá psicoativo
Botânica, Química e Farmacologia Entre as inúmeras plantas utilizadas como enteógenos nas Américas destaca-se aquela que será aqui estudada: o cipó Banisteriopsis caapi da família Malpighiaceae, cuja descrição em Pio Corrêa (1926:351) é a seguinte: Arbusto de ramos estriados e folhas bi-glanduloso-pecioladas, ovadas ou ovado-lanceoladas, agudo-cuspidadas, fuscecentes, glabras; flores dispostas em amplas panículas pyramidaes constituídas por corymbos umbelliformes, fructo samara alada, pilosa. Richard Spruce, jovem botânico inglês, foi o primeiro a descrever a