Leonardo Boff

Entender a realidade como teia intrincada de relações, como vimos em nosso artigo anterior, é situar-se no seio daquela experiência que permitiu a moderna cosmologia falar de espírito. Nisso ela coincide com as tradições transculturais da humanidade. ‘Spiritus’ para os latinos, ‘pneuma’ para os gregos, ‘ruah’ para os hebreus,’mana’ para os melanésios, ‘axé’ para os nagô e iorubá da África e seus descendentes nas Américas, ‘wakan’ para os indígenas dakotas, ‘ki’ pra os povos da

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Roger N. Walsh

O termo xamã, vem da palavra ‘saman’ do povo tungu, natural da Sibéria, e significa “alguém que está em êxtase, comovido, elevado”. Pode ter suas raízes em um antigo vocábulo hindu que queria dizer: aquecer-se ou praticar austeridades, ou em outro verbo tungu, que significa conhecer. Seja qual for sua origem, o termo xamã tem sido amplamente adotado pelos antropólogos para fazer referências a grupos específicos de curadores em variadas culturas que, as vezes, são

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Terence McKenna

O xamanismo deve representar em qualquer renascimento autêntico das formas arcaicas vitais de ser, viver e compreender. O xamã consegue entrar num mundo que está oculto para quem vive a realidade comum. Nessa outra dimensão se escondem tanto poderes úteis quanto malévolos. Suas regras não são as regras de nosso mundo; parecem mais as regras que atuam nos mitos e nos sonhos. Os curandeiros xamânicos insistem na existência de um Outro inteligente em alguma dimensão

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Sandra Ingerman

Ao redor do mundo e através de muitas culturas, uma pessoa que lida com o aspecto espiritual da doença é um xamã. Cabe a ele diagnosticar e tratar as doenças, lidar com informações divinas, se comunicar e interagir com o mundo-espírito e, ocasionalmente, agir como condutor psíquico, ou seja, uma pessoa que ajuda as almas a cruzar os confins para o outro mundo. A palavra Shaman, originária na tribo tungus da Sibéria, aplica-se tanto à

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Patrick Drouot

Na metade dos anos 60, o xamanismo interessava fundamentalmente aos especialistas da psicologia transpessoal – uma disciplina de vanguarda que procurava estudar os estados de consciência mística veiculados pelo conjunto das tradições da humanidade. Para os antropólogos, etnólogos e historiadores das religiões, o xamanismo era uma forma primitiva de religião, suplantada e superada pelas culturas hierarquizadas modernas. Há cerca de 20 anos, os livros de M. Harner e Castañeda (especialmente este) abriram a consciência de

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