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Santo Antonio - Xamanismo

Santo Antonio

Santo Antônio é conhecido como santo casamenteiro. Sua imagem  é sempre representada carregando o Menino Jesus nos braços. Os caboclos sabem que é também um “Santo Curador”. Nós poderíamos dizer até um “Grande Xamã”. Nas antigas tradições das festas juninas, diz-se que em Santo Antônio a fogueira tem o formato de um quadrado.

Antônio de Pádua, seu nome original era Fernando Martins de Bulhões (nascido em 1195, Lisboa, Portugal – falecido em 13 de junho de 1231, Arcella, Verona (na Itália); canonizado em 1232; (festa dia 13 de junho), frade franciscano, doutor da igreja e padroeiro dos pobres. Pádua e Portugal o reivindicam como seu santo padroeiro, e ele é invocado para o retorno da propriedade perdida.

Ele nasceu em uma família rica e foi criado na igreja e juntou-se aos cânones agostinianos em 1210 e se tornou padre. Quando ele tinha cerca de 20 anos de idade, seus pais morreram e o deixaram com os cuidados de sua irmã solteira. Pouco tempo depois, ele decidiu seguir a exortação do evangelho em Mateus 19: 21: “Se você quer ser perfeito, vá, venda o que você tem e dê aos pobres, e você terá tesouros no céu”. Antonio doou terras de sua família para seus vizinhos, vendeu a propriedade restante e doou os fundos para os pobres.  Ele então partiu para viver uma vida ascética colocando sua irmã com um grupo de virgens cristãs.

Luta Contra as Tentações

Tem uma história que Antonio foi viver uma vida solitária no deserto egípcio. Ele construiu para si próprio uma ermida afastada do mundo. Conta-se que ele foi atacado pelo diabo. O diabo, que sabia que  Antônio era um homem santo e próximo a Deus, e o atacava. Como não conseguia afastar Antônio de Deus através das riquezas do mundo, o diabo tentava ataca-lo física e espiritualmente. São Atanásio registra vários desses embates em seu livro Vida de Antonio.

Depois de ver fracassada a tentativa de seduzi-lo com riquezas, o diabo “atacou o jovem, molestando-o durante a noite e assediando-o durante o dia, de tal modo que até os que viam Antônio conseguiam perceber a luta entre os dois”. No entanto, depois de toda tentação, Antônio fortalecia “seu corpo com sua fé, suas orações e seu jejum”.

Frustrado, o diabo tentou enfrentar Antônio assumindo a aparência de uma criança e conversando com ele. Antônio respondeu: “então, tu és inteiramente depreciável (…) e frágil como uma criança. De agora em diante, já não me causas nenhuma preocupação, pois o Senhor está comigo e me ajuda; verei derrotados os meus inimigos”.

Durante um tempo, o diabo deixou Antônio em paz, mas voltou para colocá-lo à prova. Desta vez, com uma multidão de demônios. O diabo golpeou fisicamente Antônio, confiando que ele voltaria ao seu estilo de vida anterior por medo. Antônio, inalterável em sua fé, gritou: “Aqui estou, Antônio, que não se acovardou com teus golpes (…). Nada me separa do amor de Cristo (…) Ainda que acampe contra mim um exército, meu coração não temerá”. Afugentou aquele demônio fazendo um sinal da cruz no chão.

Depois de cada encontro, Antônio saía fortalecido em sua fé e Deus vinha em sua ajuda. Ele ensinou muitos discípulos a derrotar os demônios: “Agora, façam o sinal da cruz e voltem para casa sem medo, deixem que eles se enlouqueçam por si mesmos.”

Diz-se também que ele ensinou: “Não temos que ter medo das sugestões do diabo, já que, a oração, o jejum e a fé no Senhor enfraquece seu ataque de imediato”.

Seja qual for a tentação que encontremos, Antônio nos ensina que a fé, a oração, o jejum e o sinal da cruz são suficientes para vencer as trapaças do maligno. O diabo pode parecer poderoso, mas os santos mostram sempre que ele não é, e que não há inimigo para quem deposita sua confiança em Deus.

O Grande Franciscano

Antônio foi o mais célebre dos seguidores de São Francisco de Assis e tinha a reputação de milagreiro. Em 16 de janeiro de 1946, o papa Pio XII o declarou médico da igreja. Na arte ele é mostrado com um livro, um coração, uma chama, um lírio ou o menino Jesus. Entre seus escritos autênticos estão os sermões para os domingos e dias de festa, publicados em Pádua em três volumes em 1979.

Em 1220 ele se juntou à ordem franciscana, esperando pregar aos sarracenos (muçulmanos) e ser martirizado. A caminho do Marrocos, ficou seriamente doente e foi forçado a voltar para casa. No entanto, seu navio de volta para Portugal foi desviado do curso e desembarcou na Sicília. Por causa de sua saúde precária, ele não teve permissão de continuar seu trabalho missionário entre os sarracenos. Em vez disso, ele ensinou teologia em Bolonha, Itália, em Montpellier, Toulouse e Puy-en-Velay, no sul da França, ganhando grande admiração como pregador e orador

Santo António é conhecido em Portugal, Espanha e Brasil como um santo matrimonial, porque existem histórias de reconciliação entre casais. Sua festa, 13 de junho, é feriado municipal de Lisboa, comemorado com desfiles e casamentos (no dia anterior, 12 de junho, é o Dia dos Namorados no Brasil).

Pesquisei que ele era conhecido como Pádua. Combatia  as injustiças e desordens sociais, a exploração dos pobres pelos usuários e a má vida de certos setores do clero.

Conta-se que no verão de 1231 ele pediu para ir a um local e lá encontrou um grande nogueira. Não se sabe o por quê, mas o Frei Antonio, pediu para que construíssem uma espécie de cela em cima da nogueira. E, nesse local ele teve a visão do Menino Jesus. (Busca da Visão???)

Sermão para os peixes

Conta-se que certa vez, Santo Antonio foi pregar numa cidade italiana, onde nenhum cidadão queria ouvi-lo, porque tinha chegado a notícia na cidade de que ele era falso e mentiroso. Então, Santo Antônio, dirigiu-se a um rio e começou a pregar para os peixes:

 – Caros irmãos! Vou pregar para vocês porque pessoas de coração duro se recusam a ouvir as palavras de Deus!

Nesse momento os peixes começaram a vir para a tona, colocando suas cabeças para fora da água, parecendo ouvir atentamente o que o Santo dizia.

Continuou o sermão agradecendo e elogiando os peixes por seu papel na Criação. Pessoas atraídas pela curiosidade, foram ver o Santo conversando com os peixes, e à noite, uma imensa multidão foi ouvir o sermão de Santo Antonio.

Santo Antonio também é invocado para encontrar coisas perdidas ou roubadas. Isso é atribuído a um incidente ocorrido em Bolonha. Ele tinha um livro de salmos que era de alguma importância para ele, pois continha as notas e comentários que ele havia feito para usar no ensino de seus alunos. Um novato que decidiu sair levou o livro com ele. Antes da invenção da imprensa, qualquer livro tinha valor, e teria sido difícil para um frade franciscano substituir, dado seu voto de pobreza. Ao perceber que estava faltando, Antonio rezou para que fosse encontrado ou devolvido. O ladrão foi movido para entregar o livro para Antonio e retornar à ordem. Dizem que o livro roubado está preservado no convento franciscano em Bolonha.

Morte

Antônio ficou doente com o ergotismo em 1231, e foi para o retiro da floresta em Campo sampiero com dois outros frades para uma pausa. Lá, ele morava em uma cela construída para ele sob os galhos de uma nogueira. Antônio morreu no caminho de volta a Pádua, em 13 de junho de 1231, no mosteiro de Pea Clare, em Arcella (agora parte de Pádua), aos 35 anos.

ergotismo, também conhecido por envenenamento por Ergot, envenenamento por cravagem e Fogo de Santo António é uma intoxicação causada pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão-do-centeio (Claviceps purpurea), um fungo contaminante comum do centeio e outros cereais, ou pelo uso excessivo ou mal orientado de drogas derivadas da ergolina.

Os sintomas de ergotismo são depressão e confusão mental, hipertensão, bradicardia, vasoespasmos (com perda de consciência e cefaleia), cianose periférica (mãos e pés pálidos) com claudicação, podendo ainda levar ao coma e morte. Então ele é invocado contra doenças infecciosas, particularmente doenças de pele.

Ele morreu a caminho de Pádua, na Itália, ao 36 anos de idade, onde ele está enterrado.

De acordo com o pedido de Antio, ele foi enterrado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini, provavelmente datada do final do século XII e perto de um convento fundado por ele em 1229. No entanto, devido a sua notável notabilidade, a construção de uma grande basílica começou por volta de 1232, embora não tenha sido concluída até 1301. A igreja menor foi incorporada à estrutura como a Capela da Madonna Mora (Capela da Madona Negra). A basílica é comumente conhecida hoje como “Il Santo”.

Várias lendas cercam a morte de Antonio. Uma delas sustenta que quando ele morreu, as crianças choraram nas ruas e que todos os sinos das igrejas tocaram por vontade própria. Outra lenda diz respeito a sua língua. Antonio foi enterrado em uma capela dentro da grande basílica construída para homenageá-lo, onde sua língua é exibida por veneração em um grande relicário, juntamente com sua mandíbula e suas cordas vocais. Quando seu corpo foi exumado 30 anos após sua morte, foi encontrado transformado em pó, mas a língua parecia ter brilhado e  ainda, aparentemente, estava viva e úmida , uma alegação adicional foi feita de que isso era um sinal de seu dom de pregar. Em 1º de janeiro de 1981, o papa João Paulo II autorizou uma equipe científica a estudar os restos mortais do santo e a tumba foi inaugurada em 6 de janeiro.

Ele é um dos santos celebrados na Festa Junina Brasileira (também conhecida como “Santo Antônio”), junto com João Batista e São Pedro,. É venerado também em várias partes do mundo.

Viva Santo Antonio!

Fontes:

Enciclopédia Britanica
Wikipedia
Sites cristãos

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