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Os Estados de Consciência

Os Estados de Consciência

 

*Extraído de um texto de S. Krippner do livro de John White : O Mais Elevado Estado de Consciência*


Em termos gerais, um estado consciente alterado pode ser definido como um estado mental que pode ser subjetivamente reconhecido, por um indivíduo ( ou por um observador objetivo desse indivíduo), como representando uma diferença no funcionamento psicológico daquele estado normal alerta e desperto do indivíduo. Vinte estados de consciência foram empiricamente identificados como dignos de um estudo mais amplo:

1. O Estado Onírico – pode ser identificado, no eletroencefalograma (EEG), observando-se períodos de movimentos rápidos do olho e ausência de ondas cerebrais lentas. O Estado onírico ocorre, periodicamente, durante a noite, como parte do ciclo sono-sonho.

2. O Estado Adormecido – pode ser identificado, no EEG, por uma ausência dos movimentos rápidos do olho e por uma configuração, que surge de modo gradual, de ondas cerebrais lentas. Uma pessoa despertada do sono geralmente fornecerá um breve relato verbal que difere, de modo considerável, dos relatos dos sonhos; esse breve relato verbal indica que a atividade mental está presente durante o estado adormecido, bem como durante o estado onírico.

3. O Estado Hipnagógico – ocorre entre a vigília e o sono, no início do ciclo sono-sonho. Caracteriza-se com frequência, por imagens visuais e, às vezes, também inclui imagens auditivas; esses dois tipos de imagens diferem da atividade mental experimentada durante os estados adormecidos e onírico.

4. O Estado hipnopômpico – ocorre entre o sono e a vigília, no final do ciclo sono-sonho. As vezes, caracteriza-se por imagens visuais e/ou auditivas que diferem qualitativamente, das formas de atividade mental que ocorrem durante os estados adormecido e onírico.

5. O Estado Hiperalerta – caracteriza-se por uma vigilância prolongada e intensificada, enquanto se esta desperto. pode ser provocado por drogas que estimulem o cérebro. Atividades que exigem intensa concentração ou por medidas necessárias à sobrevivência durante operações militares (por exemplo ficar de prontidão, de sentinela).

6. O Estado Letárgico – caracteriza-se por uma atividade mental embotada e entorpecida. Pode ser provocada por fadiga, perda de sono, desnutrição, desidratação, equilíbrio de açúcar inadequado, drogas que debilitem a atividade mental ou por sentimentos desanimadores e mau humor.

7. Os Estados de Arrebatamento – caracterizam-se por sensação intensa e emoção excessiva, subjetivamente avaliadas como agradáveis e, de algum modo, positivas. Esses estados podem ser provocados por excitação sexual, danças frenéticas ( por exemplo a dança dos dervixes), rituais orgíacos (por exemplo bruxaria e vodu), ritos de transição (por exemplo, iniciações primitivas à puberdade), atividades religiosas e algumas drogas.

8. Os Estados de Histeria – caracterizam-se por sensação intensa e emoção excessiva, subjetivamente avaliadas como negativas e, de algum modo, destrutivas. esses estados podem ser provocados por raiva, ira, ciúmes, pânico, medo, terror, medo de ser enfeitiçado ou possuído, atividade grupal violenta (por exemplo grupos de linchamento), ansiedade psiconeurótica e algumas drogas.

9. Os Estados de Fragmentação – caracterizam-se por falta de integração entre segmentos, aspectos ou assuntos importantes da personalidade total.  Esses estados correspondem às condições classificadas como psicose, psiconeurose aguda, dissociação, personalidade múltipla, amnésia e episódios de fuga (nos quais o indivíduo esquece-se do seu passado e inicia um novo modelo de vida).

Esses estados, que podem ser tanto temporários como de longa duração, podem ser provocados por algumas drogas, trauma físico, afetando o cérebro, tensão psicológica, predisposições fisiológicas (que, associadas à tensão psicológica, atuam em alguns tipos de esquizofrenia) e manipulação experimental (por exemplo, privação sensória, hipnose).

10. Os Estados Regressivos – caracterizam-se pelo comportamento que se mostra completamente inadequado em relação ao estado fisiológico e à idade cronológica do indivíduo. esses estados podem ser temporários (uma pessoa que submeteu-se a uma regressão de idade, hipnose ou drogas) ou de longa duração (senilidade).

11. Os Estados Meditativos – caracterizam-se por atividade mental mínima, ausência de imagens visuais e presença no, no EEG, de contínuas ondas alfa. Podem ser provocados por ausência de estimulação externa, massagem, pelo ato de boiar sobre a água ou por disciplinas meditativas (por exemplo yoga, zen..)

12. Os Estados de Transe – caracterizam-se pela ausência, no EEG de contínuas ondas alfa, pela hiper-sugestão (mas não passividade), vigilância e concentração da atenção num único estímulo – bem como pela sensação de “estar em harmonia” com o estímulo, sem reagir a outros estímulos (o que possibilita certos fenômenos tais como sugestões pós-hipnóticas).


Esses estados podem ser provocados pela voz de um hipnotizador, ouvindo-se a batida do próprio coração, por cânticos, pela observação prolongada de um objeto que se reprete em ciclos (por exemplo, o som de um tambor, metrônomo, estroboscópio), por rituais indutores do transe ( por exemplo ritos mediúnicos, certas danças tribais., pelo suplício repetido de modo fatigante ( por exemplo “lavagem cerebral….), por material indutor de transe (canção de ninar, alguns tipos de poesia e de música, um orador carismático), pelo ato de presenciar uma representação dramática, tornando-se “contagiado” por essa ação, ou mediante a execução de uma taref que requer atenção ocasionando, porém, pouca variação noefeito (por exemplo, dirigir durante horas, observar uma tela de radar, olhar fixamente ao dirigir uma linha branca na estrada).

13. O Estado de Devaneio – caracteriza-se, frequentemente, por movimentos rápidos no olho no EEG, ocorrendo, porém, durante o transe. Tipicamente, o estado é experimentalmente provocado por um hipnotizador que sugere o indivíduo terá uma experiência semelhante a um sono.

14. O Estado de Fantasia – caracteriza-se por pensamentos que ocorrem rapidamente e que apresentam pouca relação com o meio ambiente. Pode ocorrer com os olhos abertos ou fechados; quando os olhos estão fechados, podem aparecer imagens visuais e ocorrer rápidos movimentos do olho. A fantasia pode ser provocada por tédio, isolamento social, privação sensória, ausência de sonhos à noite, necessidades psicodinâmicas (realização de desejos) ou por períodos de devaneio e fantasia que ocorrem espontaneamente.

15. O Estado de Exame Interior – caracteriza-se pela percepção de sensações físicas nos órgãos, tecidos, músculos, etc. A consciência está sempre presente, mas ocorre num nível não reflexivo, a menos que haja algum esforço planejado, por parte do indivíduo, em tornar-se cônscio dessas sensações ou a menos que as sensações físicas se intensifiquem através da dor, da fome, etc.


16. O Estado de Estupor – caracteriza-se por uma suspensão, ou por uma significativa redução, da capacidade de perceber os estímulos presentes. A atividade morta pode ser possível, mas sua eficácia acha-se bastante reduzida; a linguagem pode ser usada, mas apenas de um modo limitado e, com frequência, não significativa. O estupor pode ser provocado por certos tipos de psicose ou por algumas drogas (por exemplo, opiatos, grandes quantidades de álcool).

17. O Estado de Coma – caracteriza-se por uma incapacidade de perceber os estímulos presentes. Há pouca atividade monitora e nenhum uso da linguagem. O coma pode ser provocado por doença, agentes tóxicos, ataques epiléticos, trauma que afeta o cérebro ou disfunção glândular.

18. O Estado de Memória Armazenada – envolve uma experiência passada que não se encontra disponível à percepção reflexiva do indivíduo. No entanto, os traços mnemônicos (ou “engramas”) de eventos passados encontram-se sempre presentes em algum nível da consciência do indivíduo. podem ser relembrados pelo esforço consciente, podem ser evocados pela estimulação elétrica ou química do cortex cerebral, podem ser gerados através da livre associação psicanalítica ou podem emergir de maneira espontânea.

19. Os Estados Conscientes Expandidos – caracterizam-se por um limiar sensório reduzido e por um abandono dos modos habituais de perceber o meio exterior e/ou interior. Embora esses estados expandidos possam ocorrer espontaneamente, ou possam ser provocados através de hipnose ou de um bombardeio sensório, são, com frequência, experimentalmente causados pelo uso de drogas e plantas psicodélicas (mente-manifestada). Tipicamente, esses estados desenvolvem-se em quatro diferentes níveis : sensório, evocativo-analítico, simbólico e integral. No nível sensório, há relatos subjetivos de alterações do espaço, do tempo, da imagem do corpo e das impressões sensórias. No nível evocativo-analítico surgem idéias e pensamentos novos acerca das psicodinâmicas do indivíduo ou acerca da concepção do mundo e de seu papel nele. No nível simbólico, há uma identificação com personalidades históricas ou lendárias, com a recapitulação evolucionária ou com símbolos míticos. No nível integral (que, comparativamente poucos indivíduos atingem), há uma experiência religiosa e/ou mística, na qual Deus (ou a Base do Ser) é confrontado ou na qual o indivíduo tem a impressão subjetiva de dissolver-se no campo energético do Universo ( por exemplo, “satori”, “samadhi”, “unidade oceânica”, “consciência cósmica”, “experiência máxima”.

20. Estado Comum de Consciência – é o desperto, caracterizado pela lógica, pela racionalidade, pelo pensamento de causa e efeito, pelo objetivo direcionado e pela sensação de se estar “no controle” da atividade mental. O pensamento “reflexivo” ocupa, aqui, um lugar de destaque; em outras palavras, o indivíduo percebe-se como uma unidade que experimenta. Há, no entanto, outros estados de consciência que são “não reflexivos” ( por exemplo, o estupor, o coma). Esses estados também devem ser classificados como estados conscientes se levarmos em conta o psicólogo Rex Collier, para qual a consciência é um campo de processos energéticos que representam todo o organismo.

 

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