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Cinco Fases da Iniciação

Cinco Fases da Iniciação

FASES DA INICIAÇÃO
Roger N. Walsh

 

1 –  Ser social

Ele nasce nas convenções da sociedade e continua ali adormecido como a maioria. Absorve as crenças da sociedade como reais, sua moral é julgada apropriada, seus limites tidos como naturais.

Esse é o estagio inicial que a maioria das pessoas passa uma vida inteira, sem questionar. Essa convencionalidade é associada a um estado mental enevoado. Na Ásia, chama-se maya; no ocidente ilusão, ou um transe de consenso, ou hipnose coletiva, ou ainda psicose coletiva. Esse comprometimento ou névoa da mente costuma passar despercebido, porque todos o partilham. A tarefa ou missão do herói consiste em reconhecer essas limitações convencionais. Isto não é apenas reagir contra as normas desafiando-as. Ao contrário, implica em reconhecer os limites e distorções e escapar deles e da limitada visão pessoal do mundo, elevando num plano menos regional e mais universal.

Significa querer viver sem preconceitos limitadores, e deformadores e examiná-los e corrigí-los. A correção do preconceito cultural é a sua tarefa final. Mas, para conseguir, antes outras tarefas precisam ser executadas. A primeira delas é sair do torpor convencional, e ir em respostas ao apelo para a aventura e o despertar.

 

 2- O Chamado

Em algum estágio, ele sofre uma crise que abala as estruturas da sua vida, através de um confronto existencial com todas as suas crenças anteriormente sagradas, ou um súbito confronto com a morte.

Pode ser como um chamado interior, através de um sonho ou uma visão de impacto. Pode vir sutilmente, como um descontentamento divino, ou a cerca do sentido da vida. Crise existencial, de meia-idade, ou seja, ele é impelido.

Isso gera um dilema terrível, recusar o conhecido para penetrar em camadas desconhecidas.

Os que negam o chamado indo para uma zona de conforto, continua vivendo com suas complicações, a confortos sedutores mas anestésicos, do falso brilho, indo ao trivial. Essa recusa não é pouca coisa, é alienação.

Se você planeja de forma deliberada ser menos do que é capaz  de ser, então advirto-o que será infeliz pelo resto de sua vida.

3- A Preparação

A renúncia pode ser seguida da busca de um mestre. Pode ser o mestre interior, guru, etc.

Assim que localiza o professor, começa a fase da disciplina e treinamento que podem incluir disciplinas físicas, psicológicas, contemplativas e sociais.

Físicas: mudança de alimentação, jejuns, privação do sono, exercícios físicos extenuantes, exposições ao frio e calor.

Contemplativas: meditação, yoga, rituais, preces, em geral combinados com períodos de silêncio e solidão.

Sociais: abrangem o serviço solidário à todos os que atravessam o seu caminho, e em alguns casos a execução de serviços baixos para aprender a humildade.

Sejam quais foram os métodos, o objetivo é o mesmo, treinar e cultivar a mente para que se reduzam as compulsões do ódio e medo, para o fortalecimento da vontade, a concentração, a sabedoria, cultivar emoções como o amor, compaixão e alegria.

4- O Encontro

Para os jogadores bem sucedidos, a luta e disciplina culminam em transformações de vida de profundas proporções, mobilizadas por visões, introvisões, entendimentos e vivências de morte e renascimento.

5- A Contribuição

Tendo completado a grande busca, o buscador tornou-se um conhecedor, o aprendiz de um sábio.

É, nesta fase, que tendo respondido sua própria pergunta, a confusão do mundo solicita ser esclarecida.

Tendo aliviado seu próprio sofrimento, tendo minimizado os próprios motivos egoístas, o desejo de contribuir torna-se central e instigador.

Então a jornada é inversa:

Ele se afastou da sociedade para mergulhar em si mesmo, e agora retorna à ela, entrando no mundo externo.

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