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Carlos Castañeda

Carlos Castañeda

Coletânea:

Dom Juan acreditava que os estados de realidade não comuns eram a única forma de aprendizagem pragmática e o único meio de adquirir poder.

Segundo D. Juan o objetivo do estudo é tornar um Homem de Conhecimento. Para isso 7 conceitos :

  1. Tornar-se um homem de conhecimento era questão de aprendizagem
  2. Um homem de conhecimento tem um propósito inflexível
  3. Um homem de conhecimento tem clareza de espírito
  4. Para ser um homem de conhecimento é preciso um trabalho exaustivo
  5. Um homem de conhecimento é um guerreiro
  6. Um homem de conhecimento é um processo incessante
  7. Um homem de conhecimento tem um aliado

Esses sete conceitos são temas. Percorrem o ensinamento, determinando o caráter do conhecimento. O Homem de conhecimento, porém, não era um guia de comportamento, e sim uma série de princípios que abrangiam todas as circunstâncias fora do comum, pertinentes ao conhecimento que era ensinado.

Dom Juan me ensinou feitiçaria, mas não feitiçaria como entendemos a partir do contexto do nosso mundo cotidiano: usar poderes sobrenaturais sobre os outros, ou atrair espíritos através de encantamentos, rituais ou feitiços visando produzir efeitos sobrenaturais. Para Dom Juan, feitiçaria era o ato de incorporar alguns princípios especializados, teóricos e práticos, sobre a natureza e o papel que a percepção representa em moldar o universo ao nosso redor.

Em obras de antropologia, o xamanismo é descrito como um sistema de crenças de alguns povos nativos do norte da Ásia – predominando também entre certas tribos de índios da América do Norte – que afirmam a existência de um mundo invisível de antigas forças espirituais, boas e más, ao nosso redor; forças espirituais que podem ser invocadas ou controladas através de atos dos praticantes, que são os intermediários entre os reinos natural e o sobrenatural.

Dom Juan era de fato um intermediário entre o mundo natural da vida cotidiana e um mundo invisível, que ele não chamava de sobrenatural, e sim de segunda atenção. Seu papel como professor era tornar acessível a mim essa configuração que os feiticeiros chamam de segunda atenção.

Dom Juan afirmava que nosso mundo, que acreditamos ser único e absoluto, é apenas um meio a um conjunto de mundos consecutivos, arrumados como as camadas de uma cebola. Dizia, que apesar de sermos energeticamente condicionados a perceber somente  nosso mundo, ainda temos a capacidade de entrar nessas “outras regiões” – que são tão reais, únicas, absolutas e envolventes como nosso mundo.

Acreditando que somente nosso condicionamento energético nos impede de entrar nessas “outras regiões”, Dom Juan afirmava que os feiticeiros da antiguidade desenvolveram um conjunto de práticas destinadas a recondicionar nossas capacidades energéticas de perceber. Chamavam esse conjunto de práticas de “A Arte do Sonhar “.

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